Médicos brasileiros realizam separação bem-sucedida de gêmeas siamesas unidas pela cabeça

Médicos brasileiros realizaram pela primeira vez no país uma operação para separar duas gêmeas que nasceram unidas pela cabeça.

Xinhua

Rio de Janeiro - Segundo a TV Bandeirantes, as gêmeas nasceram em 2016 no Estado de Ceará (nordeste) e passaram com sucesso pela primeira cirurgia no sábado passado no Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo (sudeste), com o apoio do Centro Médico Montefiore em Nova York.

Réplica perfeita de protótipo tridimensional semelhante ao crânios das meninas siamesas.

A operação, supervisionado pelo neuro-cirurgião Hélio Rubens Machado, foi a primeira das quatro que serão realizadas em Maria Ysabelle e Maria Ysadora,que serão separadas completamente em novembro.

A cirurgia contou com a participação do médico americano James Goodrich, um pioneiro mundial em operações deste tipo.

Antes da operação, tanto o crânio como o cérebro das meninas foram reconstruídos de forma tridimensional.

O procedimento para desconectar os vasos sanguíneos e expandir a pele na cabeça durou sete horas.

Nas próximas três cirurgias, uma parte do crânio será aberta e as veias e partes sobrepostas dos cérebros serão separadas. As gêmeas têm que passar por um período de recuperação de alguns meses entre operações. A última operação será a mais complicada.

Os casos de gêmeos unidos pela cabeça são muito raros. Estima-se que operações de separação custam cerca de US$ 2,5 milhões no sistema de serviços de saúde dos Estados Unidos.