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No Rio de Janeiro, pacientes sofrem com o calor em hospitais sem ar-condicionado

Em CTI pediátrico, termômetro marca 29°, seis a mais do que o recomendado pelo Conselho Regional de Medicina. Pais filmaram bebê suado e irrequieto.


Por Jornal Nacional

No Rio, os pacientes da rede pública de saúde estão sofrendo com o calor e com a falta de ar-condicionado.

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Pacientes levaram ventiladores para enfermaria | Reprodução

Lá fora, dá para medir: a sensação é de calor intenso. Dentro dá para sentir: a sensação é de total abandono.

Duas semanas sem ar-condicionado, fritando numa maca. No Hospital de Saracuruna, os pacientes da enfermaria tiraram parte da roupa de tanto calor. Vento, só se alguém abanar.

E pelo que dizem o Hospital Pedro II está na mesma. É tanto calor que a gelatina da sobremesa virou suco. Os pacientes dizem que o CTI e a sala vermelha da unidade estão sem ar, sem vento.

Na rede pública de saúde do Rio, este tem sido o verão do ventilador. Na recepção do Hospital Carlos Chagas alguns aparelhos ganham até “etiqueta de visitante”.

Sufocando no quarto fechado, os pacientes do Getúlio Vargas decidiram abrir a janela, mas além de vento também entrou o sol.

No Rocha Faria até que tem aparelho de ar funcionando, mas não dá vazão.

Um verão quente desses não é novidade para os idosos da Unidade Geriátrica Miguel Pedro. A prefeitura esteve na unidade no inverno e disse que ia colocar 20 aparelhos. O hospital preparou a rede elétrica, mas não recebeu sequer uma brisa. No quarto da enfermaria, o termômetro ultrapassa os 36°. São 45 pacientes, o mais velho tem 113 anos.

“Os velhinhos sofrem muito. Nem todos são lúcidos. Nem todos levantam da cama. Precisam de ajuda. Está horrível lá em cima. Lá em cima está um forno”, disse a cuidadora Sílvia Costa.

Mas no Rio de Janeiro, calor e descaso não fazem distinção de idade. Idosos, adultos, jovens e até bebês: todos pacientes de uma rede de saúde que parece estar derretendo. No Hospital Miguel Couto, a UTI infantil também está sem ar.

Com a testa suada, o bebê parece irrequieto. O termômetro marca 29 graus no CTI, seis a mais do que o recomendado pelo Conselho Regional de Medicina. As imagens foram gravadas pelos pais da criança, que estão preocupados e quase sem alternativa - é um dos poucos CTIs pediátricos públicos do Rio de Janeiro.

“Dentro do CTI facilita a proliferação de bactérias, vírus, fungos. Facilita também a contaminação. O que está acontecendo é um absurdo sanitário”, disse Sidnei Ferreira, secretário-geral da Sociedade Brasileira de Pediatria

As autoridades prometeram tomar providências urgentes. Até lá os pacientes torcem para o calor diminuir, ou quem sabe uma chuva. O problema é que quando chove, muitos prédios são atingidos pela água.

A nova gestão da Secretaria Estadual de Saúde do Rio declarou que está fazendo uma revisão dos contratos de manutenção dos hospitais e que tem a expectativa de solucionar os problemas de climatização nos próximos trinta dias.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio afirmou que iniciou uma revisão geral nos sistemas de refrigeração dos hospitais e que vai instalar ainda esta semana novos equipamentos nas enfermarias da pediatria do Hospital Miguel Couto.


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