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No mesmo dia em que Crivella pede 'paciência', população sofre para conseguir atendimento nos hospitais Pedro II e Albert Schweitzer

RJ2 mostrou problemas nas unidades. 'Eu solidarizo com todos vocês, tô lutando muito, pedindo a Deus que nos ajude', afirmou Marcelo Crivella.


Por RJ2

No dia em que o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, pediu "paciência" aos usuários do sistema de saúde municipal, pacientes que buscavam atendimento nos hospitais Pedro II e Albert Schweitzer, na Zona Oeste da cidade, sofreram com a falta de médicos, equipamentos e materiais, como mostrou o RJ2 desta quinta-feira (3).

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Crise na saúde continua e Crivella pede paciência à população

"Eu peço para a poçulação para ter paciência. Eu solidarizo com todos vocês, tô lutando muito, pedindo a Deus que nos ajude", disse Crivella nesta quinta.

A declaração foi dada no dia em que o prefeito começa o terceiro ano no comando do Município. Sobre o pedido de paciência, a equipe de reportagem conversou com pacientes que nesta quinta tentavam atendimento na rede municipal de saúde.

"A pessoa sentindo dor. Como vai ter paciência do jeito que as pessoas tão lá dentro?", indagou a diarista Nilce da Silva Manoel.

"Não tem como a gente ter paciência porque a saúde está isso aí que vocês estão vendo. A saúde está horrível. Horrível mesmo", reclamou a técnica de enfermagem Jaqueline Ferreira da Silva.

Jaqueline é irmã de Rosana, paciente da rede municipal que esteve internada 12 dias no Albert Schweitzer, em Realengo. Foi a sétima unidade de saúde por onde Rosana passou nos últimos três meses.

Muito fraca, Rosana recebeu alta, mas seguiu com dores provocadas por um câncer no pâncreas. Em vez de fazer um encaminhamento, a equipe do hospital mandou a paciente para casa e a família procurar outra internação.

"A gente já tentou entrar com ela umas quatro vezes... Mas eles nem querem receber. Pede para ir a um hospital de emergência. A gente vem para um hospital de emergência e eles fazem isso aqui, primeira oportunidade, eles botam pra fora", disse o filho de Rosana, o mototaxista Thiago Darlan.

E quem deixa a emergência descreve um cenário de superlotação e muita espera.

"Lá dentro está muito cheio, muito cheio mesmo. Pessoal lá chorando, sentindo dores", disse a diarista Nilce.

"Está demorando muito mesmo. Tem idoso lá dentro chorando de dor, lá em cima da maca. Jogado lá. Tem um idoso que esta esperando vaga desde ontem", denunciou a dona de casa Bárbara Cristina.

Outra moça reclama do atendimento que teve depois de chegar com ferimentos espalhados pelo corpo provocados, segundo ela, por uma queda no banheiro.

"Eu estou toda cortada. Minha cabeça cheia de vidro e ele falou que não pdoe fazer nada. Não pediu um raio-x. O atendimento esta horrível nesse hospital", reclamou.

Filha se desespera

Em outro hospital da Zona Oeste, uma filha se deseperou com a situação do pai e pedia ajuda.

"O que vai acontecer com o meu pai? Eu preciso de ajuda, gente, por favor. Me ajuda a poder ajudar ele lá dentro porque eu não vou perder o meu pai, meu pai tem família, tem filhos, tem neto, trabalhou muitos anos pra uma empresa. Eu preciso de ajuda pra ele, eu não tô aqui pedindo nada de mais. Ele só precisa de uma ajuda pra ser atendido", pedia Francine de Lima.

O pai da mulher está internado há dois dias no Pedro II.

"Não tem diagnóstico. O prontuário dele está lá. Eu pergunto e ninguém fala nada, o medico que tá lá tá sobrecarregado... (...) Eu sinceramente fico pensando o que vai acontecer com ele ali dentro."

Após cobrança do RJ1, a resposta do hospital é que o pai da moça está com infecção urinária.

Nos dias em que ficou no hospital, Francine viu cerca de 50 pacientes esperando médicos e enfermeiros, que demoraram a aparecer. Além disso, o chão do hospital com buracos e a alimentação precária.

"Não é feijão, vocês vão ver, é uma água, a gelatina é suco, de verdade é suco. Dentro de casa é obvio que a gente não vai dar isso pra um ser humano. Isso aí nem um cachorro come. Nem um cachorro come", denunciou a mulher.

Uma irmã de Francine, que também entrou na emergência, mandou mensagem em áudio sobre a falta de lugares para acomodar acompanhantes e pacientes.

"(...) As pessoas vão ficar internadas na cadeira e os que estão acompanhando os seus parentes pra ficar, passar a noite em pé, sem lugar nem pra sentar."

Além de pedir paciência, o prefeito culpou as organizações sociais sobre a situação dos hospitais. Mas essas empresas devem ser fiscalizadas pela própria prefeitura.

"Todos os hospitais que são administrados por OS nós temos encontrado problemas, vocês sabem, não é de agora. As OS no governo passado foram evnolvidas em grandes escândalos, nós estamos procurando controlá-las ao máximo", disse o prefeito.


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