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Sem serviço de limpeza, Hospital Albert Schweitzer, no Rio, não tem sequer papel higiênico

Empresa que prestava serviço de limpeza na unidade encerrou as atividades. Prefeitura diz que nova empresa já foi contratada.


Por Guilherme Peixoto | RJ1

Um dos maiores hospitais do Rio, o Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste da cidade, está desde sexta-feira (11) sem o serviço de limpeza. É o que dizem funcionários e pacientes da unidade.

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“Não estão fazendo a limpeza justamente porque acabou o papel, né, não tem sabonete. Não tem nem os produtos de limpeza, né, que a gente faz lá, não tem, não tem mais”, disse uma funcionário do hospital.

A cozinheira Márcia Cristina confirmou que não há materiais básicos no hospital, e que precisou levar coisas da própria casa para dentro da unidade hospitalar. Perguntada sobre papel higiênico, papel toalha, e roupa de cama, a resposta dela foi a mesma: “A gente tem que trazer de casa”.

A empresa responsável pela limpeza do hospital encerrou o serviço na tarde desta sexta. Os funcionários contaram que antes de sair, ela recolheu todo o material de limpeza da unidade e levou embora. Não sobrou nem toalha de papel e os médicos tiveram que usar gaze pra enxugar as mãos.

“A empresa de limpeza saiu. A gente não tem, hoje, limpeza e não tem material. A gente está sem papel higiênico, está sem sabão para lavar as mãos, está sem nada. Não tem ninguém para fazer a limpeza do hospital . Está uma sujeira só”, contou outra funcionária da unidade.

Na manhã deste sábado (12), o que se viu na porta do hospital foi um entra e sai de gente a procura de trabalho. É que a organização social que administra a unidade está tentando contratar funcionários às pressas para repor a equipe de limpeza. Bastava chegar de calça jeans e tênis para começar a trabalhar na mesma hora.

Os funcionários da limpeza demitidos ainda circulavam de uniforme pelo hospital nesta manhã de sábado. Eles disseram que a empresa os manteve contratados, mas sem carteira assinada.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde disse que direção do hospital informou que a nova empresa de serviços gerais contratada, a Prime, assumiu nesta manhã e já fornecendo o material de limpeza, conforme estabelecido em contrato. Disse também que “houve mais cedo um problema pontual de falta de papel toalha, já sanado”.

Revolta em Bonsucesso

Outro hospital que sofre com a falta de insumos básicos, inclusive de medicamentos, é o de Bonsucesso. Nesta sexta-feira, os funcionários fizeram um protesto em meio a uma festa de comemoração dos 70 anos da unidade.

O valor investido na comemoração foi de R$ 156 mil. O evento contava com tenda climatizada e serviço de bufê.

A reportagem do RJ2 teve acesso a uma relação de remédios que tiveram o estoque zerado no hospital no último mês de dezembro. De acordo com funcionários, até agora nada foi reposto.

Entre os medicamentos em falta, está um dispositivo para isolamento pulmonar, usado para tratar de enfisemas ou bronquites crônicas. O aparelho custa R$ 1.290 e era um pedido de urgência para um menino de 11 anos.

Além disso, outros produtos mais caros também estão em falta na unidade, como é o caso da Vinorelbina (R$ 20.530), para casos de câncer de pulmão, mamas, próstata e colo do útero; o laxante Glicerol (R$ 40 mil); o Anfortericina (R$ 840 mil), para pacientes imunodeprimidos, como os portadores do vírus HIV; e o anestésico Propofol (R$ 350 mil).

"O que a gente vivi aqui é a falta de medicamentos, principalmente antibióticos. Normalmente a gente tem falta de antibióticos. Faltam materiais. A gente vive numa crise de abastecimento aqui. E a tendência é a direção negar, mas ela existe", disse Tatiana Alves, funcionária do hospital.

A assessoria do hospital informou que os R$ 156 mil, que garantiram a estrutura e a organização da festa, foram doados por empresas que prestam serviços ao Hospital Geral de Bonsucesso. A direção da unidade hospitalar ficou de divulgar, assim que possível, a planilha com estas doações.

Porém, segundo alguns funcionários, a empresa que apresentou o orçamento, Blue Consult, não está cadastrada na base de fornecedores oficiais do Governo, o Sicaf. E por isso, não poderia prestar este tipo de serviço ao hospital.


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