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Dengue: Epidemia faz espera por atendimento no João Paulo II demorar até 10 horas

A epidemia de dengue em Minas sobrecarregou o Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte. A busca por socorro na unidade de referência em pediatria cresceu seis vezes nos últimos dias. A média de atendimentos, que chegava a 200 a cada 24 horas, saltou para 1.200. Em alguns casos, pacientes aguardam até dez horas pela consulta.


Simon Nascimento | Hoje em Dia

Além da assistência a crianças com suspeita de terem contraído o vírus, doenças respiratórias como gripe, bronquite e pneumonia, típicas desta época do ano, ajudam a elevar a demanda por socorro. Segundo a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), haverá contratação de mais profissionais.

Foto: Maurício Veira

A recomendação é a de que pais ou responsáveis levem os filhos, primeiro, ao posto de saúde mais próximo de casa. O médico avaliará a situação e, se necessário, encaminhará ao João Paulo II, único hospital público pediátrico do Estado. Apesar da orientação, muitas famílias preferem ir diretamente à unidade da Fhemig.

ESPERA

Moradora do bairro Glória, na Pampulha, Ana Carolina Silva de Paula, de 25 anos, chegou ao hospital por volta da meia-noite e só foi atendida às 6h de ontem. Ela estava com os dois filhos. O de 4 anos tinha suspeita de dengue e o outro, de 1 ano e quatro meses, foi diagnosticado com uma infecção no estômago.

Já a auxiliar de serviços gerais Jociela dos Santos, de 34 anos, teve que esperar mais. Ela foi ao hospital com a filha, de 1 ano e 11 meses, que estava c0m bronquite. Elas chegaram ao local por volta das 19h da última segunda-feira, mas só conseguiram a consulta às 5h do dia seguinte.

“Sempre trago ela aqui, mas nessa situação não dá. Uma criança não aguenta aguardar por tanto tempo assim”.

A equipe do Hoje em Dia esteve no João Paulo II na manhã de ontem e constatou, no saguão, um painel que mostrava o tempo mínimo de espera: sete horas. O mesmo informativo indicava que quatro médicos estavam disponíveis. Os profissionais se dividiam entre os casos de dengue e os de doenças respiratórias.

“Não existe falta de médicos. O número de atendimentos é incalculável e a demora, inevitável. As pessoas precisam entender que o médico não é uma máquina. Haverá casos mais complexos que vão demandar um tempo maior”, explicou o diretor assistencial da Fhemig, Marcelo Lopes.

Vinte e cinco profissionais estão em processo de contratação para atuar na unidade e em outros complexos de saúde gerenciados pela Fhemig. O órgão tem trabalhado com plantões estratégicos, de acordo com as demandas. Houve aumento na compra de medicamentos, cadeiras, soro e outros insumos. Leitos provisórios também foram instalados para absorver a demanda.

As medidas foram viabilizadas após repasse de R$ 4,5 milhões da Secretaria de Estado de Saúde. “A gente entende o sofrimento, a preocupação da família em querer um atendimento de urgência e qualidade. Mas pedimos para passarem, primeiro, no centro de saúde. Lá, vão diagnosticar se é um caso mais grave”, acrescentou Lopes.

RISCO

A infectologista e pediatra Lilian Martins Oliveira Diniz alerta sobre o risco da dengue em crianças. A média explica que, muitas vezes, os menores não conseguem informar com precisão os sintomas.

“Não necessariamente o vírus é mais agressivo do que em adultos. Mas é preciso ficar atento. Afinal, o diagnóstico pode ser tardio”, explica Lilian, professora da Faculdade de Medicina da UFMG.

A demora pode ser prejudicial. “O que pode ocorrer é que, após as classificações de risco, o paciente passe a ter sintomas mais graves”. Nesses casos, de acordo com ela, os pais devem pedir uma nova avaliação na triagem. “Durante a espera, ela (criança) pode piorar. Por isso, tem o direito de ser reclassificada”.

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