Lombardia não pode atender todos os pacientes em breve, diz presidente
O presidente da região da Lombardia, na Itália, Attilio Fontana, garantiu nesta quarta-feira que, em pouco tempo, o sistema de saúde local não estará em condições de atender os pacientes infectados ou suspeitos de infecção pelo novo coronavírus.
EFE
Roma - "Amigo, digo educadamente para vocês, mas se não entenderem por bem, terá que ser de forma mais agressiva: não saiam de casa", afirmou o chefe de governo regional durante entrevista coletiva.
EFE/EPA/MOURAD BALTI TOUATI |
Atualmente, as estruturas de saúde da Lombardia estão no limite da capacidade, especialmente, os leitos de terapia intensiva. As autoridades locais estão buscando espaços como centros de exposição, para acolher mais pacientes, e ainda há trabalho de ampliação de hospitais, o que pode ser insuficiente.
"Infelizmente, o número de contágios não está sendo reduzido e segue sendo alto", completou Fontana.
A Lombardia, que tem Milão como capital, registrou até o momento 16 mil casos de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, e 1.640 mortes, sendo a mais afetada na Itália até o momento, com cerca da metade dos casos do país.
"Cada saída de casa é um risco para vocês e para os demais", apelou Fontana.
O presidente da Lombardia garantiu hoje que pedirá ao governo da Itália que tome medidas mais rigorosas para garantir o confinamento da população.
"Ninguém pede um sacrifício grande. O que pedimos é salvar vidas humanas", afirmou o líder regional.
Dados obtidos através de monitoração de aparelhos de celular, apontaram que cerca de 40% da população da Lombardia seguem se deslocando normalmente pelas cidades da região, alguns por causa de trabalho e outros por "movimentos supérfluos", segundo o conselheiro de Saúde local, Giulio Gallera.
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