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Em menos de dois meses, mortes por Covid registradas em 2021 no Amazonas já superam total de 2020

Neste ano, já foram registradas 5.288 mortes por Covid-19, mas parte delas ocorreu no ano passado e foi diagnosticada após investigação.

Por G1 AM

Nos primeiros 54 dias de 2021, o número registrado de mortes por Covid-19 no Amazonas já ultrapassou o total do ano passado. O estado enfrenta, desde janeiro, a segunda onda da doença.

Área reservada para vítimas da Covid-19 no cemitério Nossa Senhora Aparecida em Manaus, em imagem de 5 de janeiro. — Foto: Michael Dantas/AFP

Até esta terça-feira (23), já foram registradas 5.288 mortes por Covid só neste ano, porém parte delas ocorreu no ano passado e foi diagnosticada após investigação. De março a dezembro de 2020, foram registrados 5.285 óbitos.

A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), responsável por esse monitoramento, divulga diariamente o número de mortes por Covid que ocorreram nas últimas 24 horas, além daquelas que foram diagnosticadas dias após o óbito. Por isso, a diferença entre o registro e a ocorrência de mortes.

Desde o começo da pandemia até esta terça, 10.573 pessoas morreram no estado com a doença. O número casos confirmados passa de 309 mil.

Entre os dias 14 e 15 de janeiro, Manaus viveu cenas de caos por conta da falta de oxigênio nos hospitais, que já estavam superlotados com casos de Covid. O estado passou a enviar pacientes para outros estados, e recebeu doações de oxigênio de diversas partes do país.

Em meio ao colapso no sistema de saúde e segunda onda da Covid, o mês de janeiro registrou tristes recordes de mortes, casos e internações pela doença.

O virologista e vice-diretor de Pesquisa e Inovação da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca, afirma que o Amazonas vive, em janeiro, um aumento grande do número de casos de Covid que pode estar relacionado com uma série de fatores:
  • aumento esperado após as festas de fim de ano;
  • alta de casos que vinha desde setembro/outubro em ritmo menos acelerado;
  • período do inverno amazônico, que, historicamente, compreende aumento de casos de todos os vírus respiratórios;
  • presença nova variante (P.1) que aparenta ter potencial de transmissão maior.
"Todos esses fatores levaram a uma situação muito favorável ao vírus, e é por isso que a gente diminuir o mais rápido possível a transmissão. Uma vez que a vacina ainda é algo que está mais longe, a gente ainda vai demorar a atingir um número razoável de pessoas vacinadas, a gente precisar focar nas medidas não-farmacológicas, como distanciamento social, lavagem das mãos e utilização de máscaras", afirmou Naveca.

O governo tentou fechar o comércio no dia 26 de dezembro, mas, por pressão de manifestantes, voltou atrás e só fechou as atividades no dia 2 de janeiro, após determinação judicial. Desde lá, a reabertura só foi permitida nesta segunda (22), após quase dois meses.

Apesar disso, desde as primeiras semanas de fevereiro, o governo já vinha flexibilizando as medidas de restrições, com autorização para funcionamento de estabelecimentos não essenciais por delivery ou drive-thru. A restrição de circulação de pessoas nas ruas, que era durante as 24 horas do dia em janeiro, passou a ser de 19h às 6h.

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