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Cientistas sintetizam molécula para acabar com placas bacterianas

Pesquisadores conseguiram sintetizar uma molécula orgânica, aplicada via enxaguante bucal, criando uma barreira que impede que essas bactérias se fixem nos dentes


Carlos García | EFE

As indesejadas placas bacterianas, causadoras de várias doenças bucais como cáries e gengivites, podem estar com os dias contados graças a um estudo realizado por cientistas de Portugal.


Foto cedida pela Universidade de Coimbra. EFE
Foto cedida pela Universidade de Coimbra. EFE

Os pesquisadores conseguiram sintetizar uma molécula orgânica, aplicada via enxaguante bucal, criando uma barreira que impede que essas bactérias se fixem nos dentes.

“As bactérias ficam atordoadas com a molécula orgânica, que impedem a fixação nos dentes”, explicou em entrevista à Agência Efe o responsável clínico da pesquisa, Sérgio Matos, professor da Universidade de Coimbra.

As soluções orais clássicas, segundo o especialista, atuam como bactericidas, matando de forma indiscriminada todas as bactérias que estão na boca, tanto as ruins como as boas.

Com o novo método, batizado como “biolocker”, as bactérias não são atacadas porque muitas delas são bastante importantes para outras funções do corpo, como a digestão.

O produto criado pelos cientistas portugueses cria um revestimento antiaderente que impede que as bactérias se fixem no esmalte dos dentes.

“Isso garante uma proteção mais longa, durante o dia todo, completando a eficácia da escovação e suplementando as limitações atuais dos produtos de higiene oral”, explicou Matos.

Além disso, a descoberta representa um avanço na prevenção de doenças bucais porque o “biolocker” será barato e acessível.

A pesquisa começou há dois anos e meio. Após o sucesso dos testes “in vitro” com dentes de pacientes humanos, os especialistas aplicaram o produto em voluntários e iniciaram os trâmites para obter a patente internacional da molécula.

Os cientistas destacaram a importância da pesquisa porque as cáries e as gengivites são as doenças infecciosas com maior prevalência em nível mundial.

Os pesquisadores esperam que a solução, criada a partir de moléculas orgânicas obtidas por meio da síntese de proteínas, possa ser comercializada em um prazo de dois anos.

Matos explicou que o objetivo é comercializar o produto como um enxaguante bucal. No entanto, as moléculas também podem ser incluídas, por exemplo, no fio dental.

O projeto também contou com a contribuição de pesquisadores da Universidade do Porto.

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